terça-feira, 13 de agosto de 2013

CONTRIBUA COM NOSSA LUTA!

Para manter sua autonomia e fortalecer suas lutas as Brigadas Populares (BPs) precisam de sua contribuição.

Somos uma organização independente de qualquer partido ou instituição e para aumentar nosso potencial criamos esse método de contribuição on-line para que ampliemos a luta por um Brasil mais justo e soberano.

Qualquer contribuição é bem vinda! 

Como forma de retribuir seu apoio, brindaremos com contribuições acima de:

R$ 25

Imã de geladeira com foto que reflete nossa luta e um bóton das BPs;

R$ 50

Imã, bóton e um bloco de rascunho com o logotipo de algum das estruturas de base das BPs;

R$ 100

Imã, bóton, bloco de rascunho, chaveiro das BPs e uma cartaz com foto que reflete nossa luta;

R$ 200

Imã, bóton, bloco de rascunho, chaveiro das BPs, cartaz, uma camisa que reflete nossa luta e um filme “Dandara – Enquanto morar for um privilégio, Ocupar é um direito”

OBS: TODAS AS CONTRIBUIÇÕES ACIMA DE R$ 25 RECEBERÃO, ALÉM DOS BRINDES, UM INFORMATIVO PERIÓDICO DE NOSSAS ATIVIDADES.



PARA CONTRIBUIR, CLIQUE NO CANTO SUPERIOR DO PORTAL, NO ÍCONE DO PAGSEGURO




Pátria Livre, Poder Popular!



quinta-feira, 7 de março de 2013

Nota das Brigadas Populares sobre a morte do Comandante Hugo Chávez


Morreu um filho de Bolívar! 
Morreu um nacionalista revolucionário latino americano!
!Pa'lante camaradas! 
A Revolução Bolivariana vive e seguirá vivendo!






"Aos que me desejam a morte eu lhes desejo muita vida para que sigam vendo como a Revolução Bolivariana vai seguir avançando de batalha em batalha, de vitória em vitória" - Comandante Hugo Chávez

As Brigadas Populares do Brasil unem-se a dor do povo irmão da Venezuela e de toda Nossa América perante a noticia do falecimento do Comandante Hugo Rafael Chávez Frías.

Recordarmos a sua coragem, seu espirito solidário, seus ensinamentos e suas lutas ao lado do povo venezuelano, latino-americano e caribenho e, sobretudo o seu exemplo, que manterá o Comandante Chávez vivo nas lutas pela libertação nacional rumo ao socialismo.

O momento é de firmeza, de solidariedade e de defesa da Revolução Bolivariana da Venezuela. Não é tempo de chorar, é tempo de batalhar e que esta dor se converta em mais revolução, mais socialismo, mais batalha, mais unidade.

Chávez Vive!
Viva a Revolução Bolivariana!
Viva o povo de Bolívar!

Coordenação Política Nacional das Brigadas Populares - Brasil
Brasil, 05 de março, 2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Brigadas Populares/MG: Nota de conjuntura de Minas Gerais 2013


 

Brigadas Populares/MG: Nota de conjuntura de Minas Gerais 2013

Nenhum Estado sintetiza tanto a realidade brasileira quanto Minas Gerais. Uma grande possibilidade soterrada pelas condicionantes de uma estrutura política e econômica subordinada ao capital externo. O povo mineiro, laborioso e altivo, ainda não conseguiu produzir uma alternativa política capaz de desmantelar as bases de sustentação do conservadorismo no Estado, retaguarda dos setores mais atrasados das elites brasileiras. Enquanto a ruptura com o padrão dependente de nossa matriz socioeconômica não se materializa seguimos na resistência, em um cerco político estreito, que nos limita e nos desafia.

Minas é um gigante periférico, um Estado no qual a política é uma questão de sobrevivência, não de opção ou gosto. Mas a política, tradicionalmente conhecida nas Alterosas, é assunto de elites “pensantes”, dos bacharéis, advogados e engenheiros de berço oligárquico. Nada mais urgente do que superar a barreira ideológica que restringe as massas trabalhadoras urbanas e rurais a uma situação de “espectadores” do poder.

Minas Gerais é seu povo. Não são as paisagens das propagandas oficiais, não é a riqueza mineral, nem as vastas plantações. Mineiridade não é um sorriso subalterno, prosaico, inofensivo. De outra forma é uma possibilidade de encontrar caminhos, nas mais adversas situações, de enxergar possibilidades de unidade em meio à dispersão e às incertezas. Minas Gerais é uma promessa em aberto.

As Brigadas Populares/MG, comprometida com a edificação de um projeto alternativo para nosso Estado, apresenta nesta Nota de Conjuntura coordenadas de interpretação no cenário estadual para o ano de 2013.

A Nota é composta de uma avaliação da análise realizada no ano de 2012, um balanço das eleições municipais de 2012, além do atual cenário das forças políticas e sociais em atuação no Estado. Apresentamos ainda as tendências que possivelmente podem se materializar no ano de 2013.

Compreender o cenário é pré-requisito para intervir sobre e através da conjuntura."

Acesse o documento completo em PDF clicando aqui.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Artigo: Quatro mitos do Brasil atual



ARTIGO

QUATRO MITOS DO BRASIL ATUAL

1. A função primordial das análises de conjunturas é oferecer uma leitura realista, sistemática e articulada de uma determinada situação geopolítica, política, econômica e social. Os diferentes agrupamentos políticos se orientam a partir do cruzamento das análises de conjunturas com os princípios e propósitos que lhe são particulares. Neste sentido, organizações políticas e sociais, diferentes ou até mesmo rivais, podem produzir análises de conjuntura bastante similares, sem, contudo, serem convergentes no ponto de vista da ação.

2. A análise de conjuntura possibilita a prática consciente e planejada num determinado contexto. É certo que não existe um modelo de análise de conjuntura universal, tampouco este é o objetivo a ser perseguido, porém a mesma não pode ser construída arbitrariamente, sem critérios e referências articuladas e hierarquizadas a partir do real, das relações sociais concretas. Logo, as referidas análises são, a um só tempo, necessárias e problemáticas. Necessárias porque em sua ausência não há ação consciente na disputa política coletiva; problemáticas porque sempre estarão sujeitas às limitações da apreensão do real.

3. Outro problema recorrente é que a clareza do conceito não é suficiente para informar ação prática, é necessário ter fidelidade ao momento histórico, ou seja, fidelidade às possibilidades que são reveladas no processo de análise de conjuntura. Em outras palavras, é preciso se comprometer com as análises que fazemos e levá-las às últimas conseqüências. Nem o intelectual, nem as organizações de militantes podem escapar desta verdade, sob o risco de cair no descrédito ou apontar por caminhos fora do curso ou das exigências do tempo presente.

4. No entanto, de forma sub-reptícia, alguns setores confundem a análise de uma situação concreta com agitação ideológica, auto-proclamações ou mesmo justificativas para a inércia e o abandono da iniciativa política. Sem nenhum compromisso com a situação conjuntural, sem nenhuma responsabilidade com a organização e mobilização das massas, sem nenhum cuidado com as condições de vida das maiorias, estas posições infames, ao serem repetidas cotidianamente, se transformam em culturas políticas setoriais (ou internas a uma determinada organização ou movimento). Toda cultura baseada em construções abstratas, em princípios fechados e retro- alimentados pela crença de que sua bandeira e seus valores são “eleitos” e a razão não reside nos outros, inevitavelmente cria seus mitos, laicos ou não. Este fundamentalismo secular, com uma suposta base científica, gera distorções substantivas nas análises de conjunturas que, no lugar de verificar os contornos da realidade, são reduzidas a pequenos instrumentos de legitimação de um determinado discurso.

5. Quais seriam então alguns importantes mitos em circulação no momento atual? Passamos a discutir alguns deles.

Mito 1: “A crise mundial é financeira”
Mito 2: “A crise não chegou ao Brasil”
Mito 3: A “recente” desindustrialização do Brasil e o seu “neodesenvolvimento”.
Mito 4: O “eterno” descenso de massas

Brasil, 05 de janeiro de 2012

Leia o texto completo online em "Artigos", clicando aqui, ou descarregue no Scribd em PDF, clicando aqui.

Foto: Greve dos professores em MG/Brigadas Populares

terça-feira, 30 de outubro de 2012


Em recente artigo, o camarada Pedro Otoni analisa a conjuntura de chamado mundo árabe a partir da nova investida do imperialismo contra a Síria.

A Doutrina Obama dissimula o caráter da guerra na Síria. Não se trata de um conflito doméstico, mas de uma reconfiguração da lógica de dominação imperialista no Oriente Médio e no Norte da África. A indução de oposições armadas internas, na Líbia e agora na Síria, possui vantagens importantes para o condomínio de poder norte-americano.

Primeiro por estabelecer um mote geral mais palatável para a opinião pública internacional, a suposta “luta pela democracia”, um marketing de guerra mais amplo do que a luta contra o “terrorismo” (sem, contudo, abandoná-lo).Dialoga, portanto, com o sistema ideológico europeu - norte-americano, que tem como pano de fundo acrença namissão democratizante do Ocidente, sendo esses “os povos eleitos”, destinadosa irradiar a “liberdade” para o mundo, “incluir as nações selvagens à humanidade capitalista liberal”, livrá-los do “atraso oriental, muçulmano”, ou seja, libertá-los deles mesmos.

O artigo completo encontra-se aqui

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Manifesto das Brigadas Populares - Unidade aberta por uma nova maioria política e social para o Brasil



Manifesto

Brigadas Populares

Unidade aberta por uma nova maioria política e social para o Brasil. Este é o eixo estratégico que motiva e conduz a constituição de uma organização de caráter nacional, popular e socialista a partir das Brigadas Populares, Coletivo Autocrítica, Coletivo 21 de Junho (C21J) e do Movimento Revolucionário Nacionalista – círculos bolivarianos (MORENA – cb) em uma única organização para contribuir com a edificação de uma pátria soberana e socialista. Em seu sentido amplo significa recolher de forma critica e inovadora as tradições de luta e experiências históricas de larga duração dos setores nacionalistas revolucionários, comunistas e socialistas da esquerda brasileira.

As novas Brigadas Populares surgem para contribuir com a recomposição de uma alternativa popular de enfrentamento ao capitalismo dependente e associado e ao Estado capitalista vigente no país.

Estabelecemos como fundamentos das novas Brigadas Populares as seguintes bases teóricas e orientações estratégicas:

I) SOCIALISMO

O socialismo é a proposta de superação da irracionalidade capitalista e seus desdobramentos perversos sobre a condição de vida da classe trabalhadora e do futuro da humanidade. Apresenta-se como a aspiração mais elevada das massas populares em seu processo de emancipação. O socialismo no Brasil, portanto, não se confunde com modelos ou regras preestabelecidas, com arranjos teóricos abstratos, deslocados e alheios às experiências históricas da classe trabalhadora em cada país; mas se coloca enquanto produto da ampliação da soberania popular. Resultado das aspirações das maiorias em mediação com a realidade e com as possibilidades de cada tempo histórico. A originalidade e singularidade necessárias à emancipação social são requisitos fundamentais de toda revolução. Implica assim, na construção criativa e realista de uma nova forma de poder. Rompendo com doutrinarismos teóricos e subjetivismos analíticos que poluem o entendimento e a ação política.

O Brasil Socialista será obra do povo brasileiro em sintonia com o movimento internacional dos trabalhadores e trabalhadoras. Não será repetição ou cópia de experiências de outras formações sociais e de outros tempos, possui um registro próprio e em sintonia com os contornos contemporâneos.

A Revolução brasileira é o encontro da questão social, nacional e democrática. Uma vez que a conquista da soberania somente será plena se imbricada ao processo de modificação do padrão civilizatório vigente, fornecendo respostas às necessidades e aspirações populares. Tais transformações requerem a ampliação permanente dos mecanismos de intervenção democrática, incorporando as maiorias sociais à vida pública.

II) NACIONALISMO REVOLUCIONÁRIO

O povo brasileiro é uma coletividade humana singular e aberta. Nossa formação social e cultural sempre esteve conectada aos movimentos e transformações globais com sua identidade própria. Não como negação das demais nacionalidades, mas como afirmação do que somos, e, sobretudo, do que podemos ser.

Reivindicamos a Nação Brasileira e defendemos seu sentido sob a perspectiva revolucionária. Estamos em oposição ao nacionalismo burguês, que se utiliza de um discurso patriótico em favor de seus interesses econômicos, reforçando a tradição oligárquica do atual arranjo de dominação; e ao conto liberal que afirma que o mercado é o melhor eixo articulador da sociedade, sendo que este despreza qualquer iniciativa de autodeterminação dos povos.

Para nós a pátria, na sua dimensão mais profunda, é a afirmação da soberania popular e da autodeterminação. Cabe a nós, povo brasileiro, a responsabilidade de construir nosso destino de forma autônoma, sem tutela nem imposição de forças estranhas aos nossos interesses.

A autodeterminação não é a negação do internacionalismo, mas o requisito para a materialização de uma real solidariedade e união dos povos. O nacionalismo revolucionário não faz concessões ao chauvinismo pequeno burguês, nem ao internacionalismo abstrato; se coloca como ferramenta de emancipação do povo.

III) POR UMA NOVA MAIORIA

Definimos como estratégia da Revolução Brasileira a constituição de uma Nova Maioria em nosso país. Isso significa estabelecer um campo de forças sociais capazes de iniciativa na luta política que busque pela hegemonia em todas as dimensões da vida social.

Nós, revolucionários brasileiros, temos como missão a constituição de um poder de dissuasão próprio e o rompimento do cerco imposto pelas forças conservadoras e liberais. Para tanto, é necessário ampliar o diálogo com os demais setores de esquerda e disputar programaticamente o campo popular, a intelectualidade e a juventude.

A política revolucionária, com a qual nos comprometemos, deve ser arejada em suas formulações, flexível em suas táticas e conseqüente em seus objetivos; superando os modelos abstratos, subjetivistas e sectários que propõem alternativas fora do horizonte das grandes maiorias. Nossa política dialoga com o presente, apresenta medidas concretas para o momento atual e abre caminho para tarefas futuras. Igualmente, é fundamental que as grandes massas e os setores avançados da sociedade tenham em nós uma referência teórica, política e prática de natureza realista, sensata e convicta. Portanto, nossa ortodoxia reside no método, expressando nossa capacidade de, a partir da interação com as massas, encontrar soluções objetivas, contundentes e profundamente reais.

IV) UNIDADE ABERTA E AS DUAS TAREFAS ESTRATÉGICAS

A alternativa está na unidade. É urgente a superação da fragmentação do campo popular e de esquerda em nosso país, resultado da crise teórica, política e organizativa que se abateu sob os revolucionários nas últimas décadas. Nesta perspectiva urge a recomposição da perspectiva de unidade aberta, ou seja, a convergência constante e em diferentes níveis em torno de plataformas que acumulem força rumo ao socialismo.

Aos revolucionários cabem duas tarefas estratégicas e simultâneas: a construção de uma organização política própria, portadora de uma proposta de superação do capitalismo e de uma frente política ampla, de natureza anti-imperialista, antilatifundiária e antimonopolista que se articule em torno de um programa de libertação nacional.

A primeira tarefa estratégica objetiva recompor a capacidade orgânica dos setores revolucionários da esquerda brasileira, restabelecendo sua iniciativa na dinâmica da luta de classes e da disputa pelo poder no âmbito nacional. Implica, todavia, em produzir o entendimento contínuo das diversas agremiações socialistas nacionais, regionais e setoriais, que pelo isolamento político ou geográfico tem sua ação extremamente limitada. Entendimento este que aponte pra necessidade de um instrumento político de âmbito nacional e de natureza socialista, no qual a constituição das novas Brigadas Populares é uma contribuição neste caminho.

A direção revolucionária é fundamentalmente política, produto da constituição de um pensamento capaz de tornar-se a referência e alternativa de superação às limitações da ordem vigente. Sendo assim, estão superadas as noções vanguardistas de atuação, produtos do subjetivismo e do voluntarismo teórico e prático. A vanguarda necessária não é aquela que se distancia do conjunto social por meio de propostas que só fazem sentido aos “esclarecidos” e arrogantes “donos da verdade”; de outro modo, é aquela que trabalha de maneira mais eficaz as possibilidades e contradições do momento presente, disputando a preferência e a referência das massas e reafirmando sua autoridade política diante das demais organizações.

No tocante a segunda tarefa estratégica, a constituição da Frente Política é expressão de uma unidade em outro nível programático, no âmbito de um programa mínimo e de materialização imediata. Não se confunde, no entanto, com coligações conjunturais ou eleitorais, e sim com a constituição de um campo de forças capaz de expressar-se como uma Nova Maioria política. Este é o espaço das organizações revolucionárias em unidade com setores que tenham comum acordo com uma plataforma de libertação nacional.

Unidade, no entanto, não se confunde com identidade. É essencialmente uma relação entre diferentes. A maturidade política associada e a uma leitura realista da situação atual da luta de classes fecunda e motiva as possibilidades de congregação de diferentes tradições políticas em um único campo de forças, amplo em sua diversidade e coeso em seus objetivos principais.

Sendo assim, a unidade é uma exigência da Revolução Brasileira, o caminho pelo qual a organização revolucionária se afirmará como hegemonia e como parte de uma Nova Maioria política. Unidade em ampliação constante, sem isolamentos programáticos ou “essencialismos” de quaisquer tipos.

V) MILITANTE, POPULAR E DE MASSAS

Entendemos que a forma de organização deve sempre atender às necessidades da luta de classes. Não se confundindo com princípios, deve ser constantemente avaliada e atualizada com o intuito de melhor responder as demandas de cada contexto histórico e político.

A flexibilidade da organização revolucionária em seus métodos de funcionamento está fundamentada no caráter histórico e dinâmico que assumem as formações sociais e seus desdobramentos sobre a vida cotidiana e as formas de manifestação do poder do Bloco Dominante. Portanto, a pretensão primeira dos revolucionários não é criar a organização perfeita, mas a organização necessária para determinado contexto.

Para tanto, estabelecemos como diretrizes da forma organizativa dos revolucionários para o momento atual seu caráter militante, popular e de massas.

Nosso objetivo é formar uma militância revolucionária caracterizada por sua disciplina consciente, compromisso, capacidade de iniciativa e compreensão da análise materialista, dialética e histórica da realidade. No entanto, estas características são metas constantes do programa de formação da organização e não requisitos para a incorporação de membros. A atividade orgânica possui também sua dimensão pedagógica que deve ser orientada pela inclusão de todos aqueles que possuem acordo com a disciplina interna e com a plataforma política.

O caráter de massas da organização revolucionária é a qualidade necessária para atuar de maneira eficaz no atual momento histórico. As condições de complexidade da disputa política, associadas à exigência de uma atuação ampla em diversos setores e dimensões da vida social conduzem os revolucionários a assumirem uma organicidade massiva, não necessariamente composta por quadros, mas por militantes de diferentes níveis de compromisso e consciência, que dentro das limitações e contradições existentes contribuem para o acúmulo de forças na disputa de hegemonia.

O caráter popular da organização decorre da análise do sujeito da revolução brasileira. Um sujeito em construção, síntese de duas condições específicas: as condições de trabalhador e de povo. Nossa linha de massas parte da percepção de que não é possível separar a classe trabalhadora da sua condição de povo na disputa política. A diferença entre classe e povo se dá em uma dimensão analítica específica, dentro de um exercício de abstração que privilegia as categorias teóricas e informa a composição e a organização da sociedade capitalista em geral. No entanto, nos níveis mais concretos de análise, considerando as formações sociais, o povo e a classe estão imbricados e importam para a construção da estratégia revolucionária, sendo um erro político separar o trabalhador da sua condição de povo. O sujeito da revolução brasileira está nas fábricas, no campo, nas periferias dos grandes centros, nos presídios e ruas. Tomá-lo em toda sua complexidade é uma necessidade irrenunciável daqueles que procuram se estabelecer como alternativa à dominação capitalista.

Nosso estilo de trabalho, portanto, assume a referência na dimensão política pela soberania nacional e pela superação do capitalismo. No entanto, não descuida das condições de vida das massas, da situação cotidiana da reprodução da existência do povo trabalhador. A interação entre lutas econômicas e políticas é parte do método de acúmulo de força dos revolucionários, compreendendo o registro específico de cada dimensão da disputa, sem se confundir com o “economicismo” e o “vanguardismo”.

Nossa forma de inserção política tem como premissa o não aparelhamento dos movimentos sociais, estudantis, sindicais, etc. Compreendemos que a prática aparelhista efetuada por organizações de intenções revolucionárias tem gerado um ciclo vicioso que envolve a degeneração dos movimentos e a extinção de qualquer possibilidade revolucionária por parte destas organizações. Lutaremos pela radicalização da democracia! Este desafio está focado na superação da lógica liberal que tem prevalecido nos movimentos por meio da reorganização destes numa forma em que o dinheiro não esteja no centro da luta política e em que haja a redução drástica da diferença entre representantes e representados. Construir uma democracia mais avançada pressupõe uma nova pedagogia política que tenha como ponto de partida as necessidades da maioria e que garanta o espaço desta pro exercício de seu protagonismo político.

VI – CONCLUSÃO

A Revolução Brasileira não se trata do dissídio coletivo entre trabalhadores e patrões. É a constituição de uma maioria política na qual os trabalhadores se estabelecem como força dirigente. Ou seja, a espinha dorsal de um novo bloco hegemônico. Neste sentido, é um processo que enfrenta o problema da alteração do regime político em favor de uma democracia real e acumula forças para a superação do padrão “civilizatório” do capital, rumo ao socialismo.

Enfatizamos o caráter processual da transformação revolucionária, distanciando-nos das visões de tomada do poder via insurreição, em sentido restrito. A revolução não é um ato, um golpe, uma queda de governo, mais um conjunto de eventos históricos que reorganizam a sociedade em favor da classe trabalhadora, elevando o seu estatuto, construindo uma nova visão de mundo e a forma de produção da existência de uma determinada coletividade humana.

São Paulo, 18 de setembro de 2011

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

I Congresso das Brigadas Populares: Unidade Aberta por Uma Nova Maioria


I CONGRESSO DAS BRIGADAS POPULARES: UNIDADE ABERTA POR UMA NOVA MAIORIA

O I Congresso das Brigadas Populares teve seu início no mês de março a partir da etapa de base, passando pela etapa dos estados e chegando nos dias 27 a 29 de julho na etapa nacional, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.

O objetivo do I Congresso é aprovar as Normas de Funcionamento da organização e um Projeto Histórico que represente o pensamento e a orientação política das BPs no atual momento brasileiro.

Nesta etapa nacional realizada no último final de semana foi aprovada as Normas de Funcionamento da organização e um Programa de ação política. Tais documentos estão em fase de revisão e em breve estarão com seu acabamento final.

Com os mesmos delegados eleitos, outra etapa nacional ocorrerá até o carnaval de 2013 em algum lugar do Brasil para concluir o I Congresso e aprovar o Projeto Histórico.

Saudações de lutas a tod@s que estiveram neste momento necessário, em que as BPs deu mais um firme passo no seu desafio de se constituir como uma alternativa de projeto para as lutadoras e lutadores deste país e caminhar com vigor em UNIDADE ABERTA POR UMA NOVA MAIORIA.

Viva o Poder Popular!

Pátria Livre! Venceremos!!